quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Em Busca da Verdade


Complementando o assunto que dissemos na abertura do site, achei interessante esclarecer algumas das idéias que aparecem naquele texto.
As dúvidas de Descartes não o levaram às mesmas conclusões que nós, do Observatium tivemos, o levaram exatamente ao outro lado. Calma, eu explico:
Descartes viu que tudo o que nós temos por verdade vem da nossa percepção do mundo e da razão. Segundo a escola dos racionalistas, a razão é a única maneira de nos chegarmos mais perto da verdade, em oposição à representação, que vem da percepção dos sentidos.
Depois de muita falação de muitos filósofos, desconstruimos a idéia cartesiana pelo fracasso de se chegar à verdade através da razão. Observamos, então as Representações como única forma de verdade, que não é mais uma entidade física e imutável, mas um status que alguns conhecimentos ganham de entidades que detém de autoridade para determinar o que é verdade ou não.
Um exemplo: a religião nos diz uma série de verdades, não porque nos convence a razão, mas porque tem autoridade divina para estabelecer o que é ceto e o que é errado, o que é falso e o que é verdadeiro, é o que chamamos de Revelação.
Da mesma maneira, a ciência cria muitas outras verdades não apenas pela veia empírica mas pela sua autoridade. Você por acaso já se perguntou qual o fundamento de teorias como "o relógio do fim do mundo?" Pois bem, acredita-se que, estatisticamente uma coisa que vem acontecendo tende a continuar acontecendo e sempre aconteceu, é o princípio uniformista, que não pode ser provado, mas é um postulado aceito em quase todo o meio científico.
Voltando ao tema das representações, nós do Observatium propomos uma observação das Representações Sociais que circulam em nosso meio e, através delas, descobrirmos o que o mundo está representando como "verdade".
Não esperamos esclarecer o tema, apenas levantar proposições básicas das teorias (lentes) que usaremos para ver o mundo de uma outra forma, com muitos olhos...

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